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Mostrando postagens de junho, 2008

um brinde com taças de areia.
(ou a mão que abre mão de acenar)

o mar colide em meus pés. traz na secura da maré alta, os vestígios da ausência oxidada. inconsistente aço enferrujado. últimas gotas espumantes de gosto férrico. que levam nossos nomes até o horizonte, intangível. mãos vagas percorrem cascos de navios naufragados. os cacos de areia perfuram os pés. embarcações, que de tanto se perderem nesse imenso mar. fizeram-me notar que já eramos náufragos, mesmo antes de navegar. ninguém a bordo. brindemos à viagem inaugural, sem navios. com inconsistentes taças submersas na areia. que nunca transbordam. o mar recua no vidro arenoso. a terra é firme, eu não.